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É como todo mundo diz: o que importa mesmo é ser feliz. Melhor ainda se for em Paris.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Hostellerie de l’Oie qui fume

Ao passar pela frente da Hostellerie de l’Oie qui fume (‘O Restaurante do Ganso que Fuma’ em português), você vai achar que não cabe mais ninguém ali. Não se desespere. Um senhor simpático, que olha para tudo por cima dos seus óculos de aro de oncinha, vai te encaixar em uma minúscula, mas confortável, mesa.

O restaurante oferece 3 opções de menus tipicamente franceses: 18, 14 e 10 euros. Em todos, você pode almoçar no esquema clássico de entrada, prato principal e sobremesa. A bebida não está inclusa mas eu me satisfiz com a velha água de torneira servida em lindas garrafas decoradas.

O menu de 10 euros não perde em muita coisa para os outros. Como entrada, você pode escolher entre diversas saladas, uma deliciosa sopa de queijo e cebola ou mais algumas opções. Os pratos principais oferecem variações de carne, camarão e frango. As 8 opções de sobremesas dão água na boca só de ler. Eu demorei muito até finalmente escolher o cottage ao mel.


Além da qualidade da comida, o módico valor inclui rapidez, eficiência e simpatia no serviço.











 
Endereço: Rue de La Harpe, 37 (pequena rua próxima à estação de metrô Cluny-La Sorbonne)

Frankfurt: Além do aeroporto



Depois do choque inicial de ter minha mala perdida no aeroporto de Frankfurt (aparentemente alguma pessoa se confundiu na retirada das malas), fui me conformar passeando pela cidade. Afinal, só tínha 1 dia e meio para conhecer as principais atrações.


Um dos melhores locais para se hospedar é próximo da estação principal de trem, a Hauptbahnhof, que fica a 20 passos da Kaiserstrass, rua que vai te levar aos principais pontos da cidade. O Intercity Hotel, onde nos hospedamos, oferece um passe livre para uso do transporte público durante toda a sua estadia. Acredito que outros hotéis de Frankfurt disponibilizem essa facilidade. Por isso, procure se informar sobre o passe antes de escolher a estadia.


Hauptbanhof - Estação central
A beleza de Frankfurt já começa na própria estação de trem. De lá, você tem 2 opções: ir direto ao que interessa e percorrer a Kaiserstrass ou, para quem gosta de sair do roteiro clássico, escolher a linha 11 do bonde e ter uma panorâmica da cidade. No último caso, é interessante ir até o fim de linha para conhecer a parte mais industrial da cidade, com diversos prédios interessantes. Entretanto, na última estação só é possível pegar a própria linha 11 no sentido contrário, o que pode proporcionar uma vista meio repetitiva, mas, no total, são apenas 30 bons minutos de passeio. De qualquer forma, na mesma estação onde se pega os bondes também passam os city tours, fortemente recomendados pela Mala.

A Kaisertrass é uma linda avenida comercial, repleta de prédios antigos. Percorra-a e você terá diversas surpresas até chegar ao famoso MyZeil, uma espécie de shopping que tem um enorme buraco no meio. A partir daí, comece a seguir em direção ao Main, rio que corta a cidade. Você passará pela Paulsplatz, onde estão o Parlamento e o Ratzkeller, prédios que vão dar um charme às suas fotos. Logo atrás, está a praça Römerberg, um dos cartões postais da cidade.


Praça Römerberg

Não muito distante dela, está a Dom, uma catedral belíssima, com vitrais elaborados e um enorme órgão que dá todo aquele clima bucólico. Logo atrás dela, estão as ruínas romanas. Não são muito impressionantes mas valem uma foto e estão no caminho para chegar até o Main, de onde se obtém um lindo panorama da cidade.

Às margens do rio, é possível notar uma característica marcante de Frankfurt. Reparem nas duas fotos abaixo, tiradas em frente à mesma margem, mas voltadas para os lados direito e esquerdo da ponte.





Perceberam o contraste visual da cidade? Ao lado das casas mais antigas e de igrejas do século XIII você pode encontrar representações fantásticas da arquitetura moderna.

Se você é um observador nato, também deve ter percebido os cadeados. Gravados com nomes de casais e datas, eles são uma tradição amorosa.

Andar pela outra margem do Main também é interessante, especialmente se for durante o Museumsuferfest, festival que une apresentações musicais de todos os estilos, culinária diversificada, exposições de artesanatos e de museus.

Sem dúvida, Frankfurt possui mais atrações interessantes que, infelizmente, não tive tempo suficiente para visitar. Mesmo assim, a cidade germânica não deixou de me impressionar através do pouco que pude conhecer dela.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011




Para o Vale do Reno e do Mosela
(Grand Finale)


Por Evelyn Carvalho



Vista sobre a cidade de Rüdesheim

No terceiro dia, após devolvermos o carro, pegamos um trem para Rüdesheim am Rhein. E como eu disse antes, a vista do passeio de trem é linda! Avistávamos as cidadezinhas e os castelos na outra margem do rio. Rüdesheim é muuuito fofa, com ruelinhas cheias de flores, muitas lojinhas e vários biergartens e weingartens. Lá também fica a Asbach, que vende bebidas e chocolates típicos super alcoólicos.


Centro de Rüdesheim

Almoçamos nessa cidadezinha, e fomos andar de teleférico. Esse passeio é fantástico, porque você vê bem as videiras (estavam carregadas de uvas, e era época de colheita!), até chegar ao Niederwald, um monumento de onde se tem uma visão linda do Reno. Você pode retornar dali mesmo (foi o que fizemos) ou passear pela floresta e pelas videiras, e depois pegar umas cadeirinhas com cabo (chairlifts) até Assmannshausen (passeio mais longo – consulte as opções no site oficial de Rüdesheim). Depois de retornarmos de teleférico, nossa intenção era pegar um barco da K-D cruises (consulte a tabela de horários no site oficial) até Boppard. Mas como nos distraímos tirando fotos, perdemos nosso barco. Resolvemos então pegar um trem até St Goarshausen, já que o trem anda mais rápido, e de lá pegar o mesmo barco que perdemos em Rüdesheim. St Goarshausen é muito, muito pacata. De lá se avistam alguns castelos, a cidade de St. Goar do outro lado do rio, e andando um pouquinho dá para ver a Lorelei de pertinho (sereia lendária do Reno, cantada em vários poemas e tema até de uma música do Scorpions – pode ser avistada também do trem e do barco). Esperamos uns minutinhos pelo nosso barco, e continuamos até Boppard, conforme o plano inicial. A vantagem do passeio de barco é que você tem uma visão ampla de ambas as margens do rio, ao contrário do trem e do carro, em que você só vê a margem oposta. Passeamos um pouquinho por Boppard, que também é bem bonitinha, e retornamos de trem a Koblenz.

Às margens do Reno


Frankfurt
No útlimo dia, pegamos um trem para Frankfurt, guardamos as malas nos lockers da estação, e passamos algumas horas na cidade esperando nosso vôo. Frankfurt é limpa e bonita, mas não tem o charme das cidadezinhas típicas. No entanto, não tivemos temo para conhecê-la a fundo. Talvez se ficássemos mais tempo, nossa opinião seria diferente. Lá em Frankfurt seguimos em parte a pé o roteiro recomendado no mapinha turístico da cidade (à venda no centro de informações turísticas da estação de trem). Passeamos pelo centro antigo, vimos a Römerberg (praça muito bonita), a Dom, e as ruínas romanas que ficam logo em frente. Apesar de abominarmos este tipo de passeio, sucumbimos àqueles sightseeing de ônibus panorâmicos. E não nos arrependemos, pois passamos por áreas residenciais mais afastadas e menos turísticas que jamais teríamos conhecido a pé, e deu para ter uma noção melhor da cidade. Na volta, já descemos na estação de trem, e pegamos um S-Bahn para o aeroporto.

Sobre o deslocamento, digo o seguinte: qualquer que seja o meio de transporte utilizado, as vistas são espetaculares, e cada tipo tem prós e contras. Para a região do Mosela, aconselho o carro, que dá bastante liberdade para percorrer vilarejos, e chegar ao Burg Eltz, que é de difícil acesso. Já o vale do Reno dá para ser percorrido de trem, pois ele passa freqüentemente pelas cidadezinhas, e de barco, para se terem as melhores vistas. Mas claro que não existe fórmula, essa é apenas uma sugestão.

E aqui termina o meu depoimento sobre a região do Vale do Reno e do Mosela. Espero que ele sirva como um estímulo para que mais pessoas conheçam essa região encantadora!




terça-feira, 23 de agosto de 2011


Vale do Reno e do Mosela

(2ª Parte)


por Evelyn Carvalho





No segundo dia, alugamos um carro para percorrer o Vale do Mosela. Fechamos com a Avis. Fizemos reserva pelo telefone aqui no Brasil, porque pela internet as tarifas das locadoras estavam mais altas (não sei explicar por quê!). Atenção para estas duas dicas: a) a Hertz mais próxima a Koblenz fica em Mülheim-Kärlich, e o táxi para lá dá em média uns €20; 2) a Avis tem um escritório dentro da loja da Mercedez, no centro da cidade. Essa última observação é importante, porque praticamente todo mundo só recomendava a Avis mais distante (táxi de €10 em média). Acho que por ser muito discreta, as pessoas não sabem da Avis lá da Mercedez. Mas ela existe!


Vista para o castelo de Cochem
Bom, saímos em direção a Cochem, e seguimos o caminho indicado pelo GPS (levamos o nosso, devidamente carregado com um mapinha completo da Alemanha). Mas com o passar do tempo, começamos a “enganar” o GPS, para sairmos da autopista e percorrermos as estradas que beiram o rio (mais longas, porém mais bonitas). Quando “burlávamos” o navegador, seguíamos por alguns minutos as placas das pistas (muito, muito bem sinalizadas), e só então ativávamos o GPS. As estradas que beiram o Mosela são simplesmente deslumbrantes, seja pela margem esquerda, seja pela direita. Algumas sugestões de estradas panorâmicas: K22 e B49. Mas há outras.


Centro de Cochem

Cochem é super fofa, com ruelinhas medievais, muitos restaurantezinhos com vista para o rio e um castelo no topo de uma colina. Lá tem muitas lojas especializadas em vinhos. Aliás, elas estão espalhadas por toda a região do Reno e do Mosela, e não é raro que ofereçam degustação de vinhos.


Vinhedos às margens do rio Mosela
De Cochem partimos para a região de Zeltingen-Rachtig, a fim de visitar a vinícola Markus Molitor. Escolhi a M. Molitor aleatoriamente (um bom site para pesquisar vinícolas é o Wine Doctor, recomendado por Oscar, do blog MauOscar). Mandei e-mail para agendar uma visita, e o pessoal foi super atencioso, mas infelizmente eles exigiram que eu dissesse o horário EXATO em que eu chegaria à vinícola. Marquei para as 2:30 da tarde. Ao chegarmos lá nos decepcionamos, porque a vinícola está em reforma, não pudemos visitar as caves, e tudo funcionava em um local meio precário para receber visitantes. Isso não ficou claro nos e-mails. A visita perdeu a graça, degustamos um vinho bem rapidinho e fomo embora. Enfim, a visita foi bem frustrante. Mas acho que foi um “azar”, e não acredito que as visitas às vinícolas sejam desinteressantes. Esse ponto da viagem foi o único que modificaríamos, especialmente a parte de marcar horário. O vale do Mosela tem que ser contemplado com tranqüilidade e liberdade, sem agenda!


Mas não há mal que não faça bem! Apesar de não termos gostado da visita, jamais teríamos nos deslocado até Zeltingen-Rachtig se não fosse por ela. E a região é linda!!!! Lá ficam várias vinícolas, com uma vista espetacular dos vilarejos incrustados nos vinhedos. Não percebemos fluxo de turistas nessa área. A maior aglomeração humana que havia era um acampamento para traillers. Inclusive isso é muito comum lá. Os acampamentos são váaarios, e super estruturados. Outra atividade que muitas pessoas fazem na área é andar de bicicleta às margens do rio. Existe uma ciclovia muito boa e larga ao longo de todo o Mosela, e a bicileta é muito utilizada como meio de locomoção.



Burg Eltz (Fonte: Trek Earth)


Fomos voltando pelas estradas que acompanhavam o rio na direção de Koblenz, e parávamos para tirar foto sempre que dava vontade, ou seja, toda hora! Quando já estávamos nos aproximando de Koblenz, do meio do nada vimos uma placa indicando o Burg Eltz, um castelo lindíssimo! Claro que resolvemos seguir as indicações. O Burg Eltz fica muito escondido! No caminho, passamos por vários vilarejos, alguns com casinhas de pedra bem medievais. Ao chegarmos, estacionamos e descemos uma ladeira bem íngreme até um mirante, em que se avista bem o castelo lá embaixo, com um riozinho correndo em volta. Maravilhoso! Dica: do estacionamento parte um shuttle para o castelo que custa €1,50. Recomendo, porque as ladeiras até o Burg Eltz cansam só de olhar. Muito íngremes para serem percorridas a pé (nessa parte não passa carro). O site oficial do castelo tem todas as informações. Enfim, depois de rodarmos bastante, finalmente retornamos a Koblenz, dessa vez pela autoestrada, porque já estava anoitecendo.


[Continua...]









segunda-feira, 22 de agosto de 2011




Vale do Reno e do Mosela
(1ª Parte)


por Evelyn Carvalho

Aqui vai uma dica de roteiro bem legal pra se fazer na Alemanha: um passeio de três dias pelos vales dos rios Reno e Mosel. E dá pra chegar lá de trem a partir de Paris, via Frankfurt.



Deustches Eck vista da fortaleza Ehrenbreitstein

ssa região da Alemanha é encantadora. Certamente um dos lugares mais bonitos que já conheci. Vilarejos super fofos e castelos medievais de contos de fada às margens dos rios tornam o cenário deslumbrante. As pessoas são muito gentis, e ainda que nem sempre falem inglês, fazem de tudo para ajudar o visitante.

O passeio pelos vales do Reno e do Mosela é de contemplação, e deve ser feito sem nenhuma pressa. Para quem busca agito e badalação, melhor não ir. O lugar é calmo e as pessoas se recolhem cedo. Mas se o objetivo for admirar paisagens de tirar o fôlego, esse é o roteiro ideal. E ele combina perfeitamente com uma esticada pela Rota Romântica da Alemanha. Quanto aos custos em geral (alimentação, transporte, estacionamento...), a região do Reno sai bem mais em conta que a Estrada Romântica, sem dever nada à beleza das cidades mais ao sul.

Nessa viagem, fomos eu e minha mãe, e passamos três noites (de 19 a 22/09/2010) no entorno do Reno. Pegamos tempo muito bom e com temperaturas amenas (neblina pela manhã, calor e sol à tarde, friozinho pela noite). Tudo ainda estava coberto de flores, e as folhas começando a ficar amarelas. Lindo!

O primeiro dilema do planejamento foi escolher a cidade-base. Acabamos optando por Koblenz devido à sua localização, já que ela fica justamente no encontro dos rios Reno e Mosela. Assim, o deslocamento pelos vales de ambos os rios ficou mais fácil. No entanto, para aqueles que têm interesse em conhecer apenas o vale do Reno, recomendo alguma cidadezinha mais ao sul, onde está a maior concentração de castelos, com bate-e-volta a Koblenz.

Fizemos reserva no Mercure Hotel de Koblenz pelo Booking.com (aproveitamos uma promoção!). O Mercure está muito bem localizado, pois fica praticamente às margens do Reno, e a poucos minutos de caminhada dos principais pontos turísticos, como a Deutches Eck (encontro dos rios Reno e Mosela), o teleférico para a fortaleza Ehrenbreitstein, e o centrinho antigo. Aliás, acredito que essa seja a melhor localização, porque Koblenz já é maiorzinha, e na minha opinião ficar na parte mais moderna tira um pouco do encanto do passeio. Para quem quiser ficar em um vilarejo mais típico e isolado, Koblenz não é a cidade ideal. Mas isso é uma questão pessoal. Para nós, Koblenz foi a medida certa entre o passado e a modernidade.

Chegamos a Koblenz de trem, a partir de Frankfurt. Essa viagem é extremamente panorâmica, e já dá àqueles que chegam uma noção da beleza do lugar. Compramos os bilhetes com antecedência pelo site da DB Banh, a empresa ferroviária de lá da Alemanha. Também dá para comprar os tickets na hora, porque o trem que faz esse trajeto é local, e não requer reservas de assento. Mas acho mais seguro comprar logo aqui no Brasil, até mesmo para garantir tarifas mais baixas.

No primeiro dia, chegamos a Koblenz de tarde, e passeamos por lá mesmo. Andamos pelas margens do Reno, pegamos o teleférico (vista muito bonita!), depois continuamos caminhando até a Deutches Eck, contornamos o Mosela, e de lá passeamos pelo centrinho histórico. Como era um dia de domingo, tinha música ao vivo em algumas pracinhas (as pessoas comiam muita salsicha e tomavam bastante vinho) e até uma feirinha medieval, com barraquinha de arremesso de machado (!!!). Tudo estava muito animado, mas quando o relógio bateu exatas 7 horas da noite, as pessoas sumiram como num passe de mágica, e tudo ficou deserto.



No primeiro dia, chegamos a Koblenz de tarde, e passeamos por lá mesmo. Andamos pelas margens do Reno, pegamos o teleférico (vista muito bonita!), depois continuamos caminhando até a Deutches Eck, contornamos o Mosela, e de lá passeamos pelo centrinho histórico. Como era um dia de domingo, tinha música ao vivo em algumas pracinhas (as pessoas comiam muita salsicha e tomavam bastante vinho) e até uma feirinha medieval, com barraquinha de arremesso de machado (!!!). Tudo estava muito animado, mas quando o relógio bateu exatas 7 horas da noite, as pessoas sumiram como num passe de mágica, e tudo ficou deserto.

Jantamos no Weindorf, um restaurante típico enorme, com mesinhas num pátio externo, ao estilo dos biergartens e weingartens alemães. Apesar de bastante turístico, a comida e o atendimento do Weindorf são muito bons. Ele fecha bem tarde, e o melhor é que o estacionamento fica aberto 24 horas, à disposição do cliente. Como o Weindorf ficava na frente do nosso hotel, houve uma noite que deixamos o carro lá mesmo, sem gastar nada com estacionamento. O próprio garçom esclareceu que poderíamos deixar o carro lá por quanto tempo quiséssemos. Fica então a dica para quem quiser economizar com estacionamentos e parquímetros em Koblenz.

[Continua...]